Hoje é o dia em que acordei para a realidade gritante que há tanto tempo me chamava e só hoje consegui ouvir e entender.
Acedi ao chamamento.
Ei-las. Páginas sedentas de alguém que as preencha com histórias, grandiosas e emocionantes, por certo, pois estas não são umas páginas quaisquer. Não. Estas são especiais e como tal merecem um conteúdo que faça jus à sua natureza.
Não sei, no entanto, se serei digna de tamanha responsabilidade ou se alguma vez terei histórias grandiosas para contar. Emocionantes, certamente. Mas grandiosas? Não sei. Outro alguém encabeçará esse julgamento.
Usarei estas páginas como elemento de partilha. Partilha de experiências, de emoções, de alegrias e tristezas, de euforias e momentos de depressão, de dúvidas e certezas.
No fundo será uma caixinha de recordações que guardará pensamentos, memórias e segredos, marcos de momentos que merecem ser recordados e partilhados.
Um espaço ao qual recorrerei quando quiser soltar o frémito da escrita que por vezes me percorre, quando quiser escoar a imaginação, a materialização da alma que mais não é do que a criação de palavras carregadas de simbolismo, de sentimentos puros e de vida.
Será esta uma função digna da grandiosidade dos elementos que uso para esta escrita? Dificilmente.
Mas por ora é a única que o meu intelecto consegue imaginar. A única que as forças que me impelem a escrever conseguem desejar.
Some other Sunset 